Depois de alertas sobre Regional de Sorriso, agora é a vez da agonia no hospital de Sinop

SITUAÇÃO É GRAVÍSSIMA NO HOSPITAL DE SINOP

SISMA tem defendido há tempos a necessidade de preenchimento de vagas nas unidades estaduais com profissionais concursados, que de fato são capacitados para atuar na saúde. Iminência do ‘caos’ é reflexo da falta de atenção aos recursos humanos

Depois de denunciar possíveis colapsos nos atendimentos de saúde em unidades estaduais, Mato Grosso afora, o SISMA MT destaca que a possibilidade, não evitada – por parte do governo estadual – se mostra cada vez mais iminente, especialmente no interior, onde a falta de profissionais capacitados é mais visível, sensível e impacta ainda mais no atendimento da ponta. Na semana passada, problemas gerados pela falta de profissionais da saúde  no hospital Regional de Sorriso, ganhou destaque e agora, o mesmo problema denunciado no Hosputal de Sinop. 

Como faz questão de alertar o presidente do SISMA MT, Carlos Mesquita, a situação se agrava a cada dia e as denuncias começam a estar estampadas na imprensa local. “Novamente, reportagem do PNB Online traz à tona o colapso, que parece não ter vontade política para ser evitado. A situação de descaso com o servidor público é a mesma, só que agora, no Regional de Sinop, o maior de todo o norte de Mato Grosso”.

A falta de profissionais imputa na sobrecarga de trabalho de profissionais, que em efeito cascata, leva esse pessoal capacitado às doenças, ao afastamento, agravando o déficit na saúde mato-grossense.

A reportagem destaca justamente os alertas já feitos pelo SISMA-MT: “O Hospital Regional de Sinop, corre o risco de entrar em colapso e sofrer com ‘mortes evitáveis’. O alerta é da superintendente de enfermagem da unidade de saúde, Claudia da Conceição Vaz, que enviou documento na última terça-feira (15) ao secretário estadual de saúde, informando, pela quarta vez, o alarmante déficit de pessoal enfrentado pela unidade de saúde. Quais são as consequências imediatas para os pacientes; aumentos de óbitos evitáveis; devido à falta de equipe mínima para um suporte adequado; erros assistenciais; medicações atrasadas, monitoramento falho nos setores. A direção do hospital enviou solicitações de complementação do quadro de pessoal em novembro do ano passado, fevereiro e maio deste ano, mas não recebeu nenhuma resposta. Este é o quarto pedido enviado pelo hospital”. VEJA AQUI A REPORTAGEM COMPLETA.

O líder sindical alerta ainda que foram inúmeras as oportunidades de o Sindicato junto à Secretaria de Estado de Saúde, traçar um panorama do setor como forma de fortalecer os argumentos para se fazer justiça: nomear profissionais aprovados em concurso. “Ficamos mais de 20 anos sem concurso público na área da saúde. Os servidores foram envelhecendo, se aposentando, fora os colegas que perderam as vidas durante  o covid-19 e  por outras doenças adquiridas, que resultaram em deixarem seus postos. Deixaram sucatear os recursos humanos da saúde estadual. Pergunto: Quantos anos mais vamos ter de esperar para ver os concursados assumindo postos que conquistaram por mérito?. Vou mais além, quantas vidas serão perdidas por falta de atendimento na saúde? ”.

CONSCIENTIZAÇÃO - Mesquita reforça que no mês passado o SISMA-MT iniciou uma campanha de valorização do servidor público da saúde que leva à população mato-grossense um questionamento: “Quanto vale a saúde de um membro da sua família?”. 

Ao lançar essa reflexão, Mesquita argumenta que os profissionais da saúde, sejam eles da linha de frente, do apoio, de todos os níveis, são altamente qualificados e procuram atender a população com os recursos disponíveis. Mesquita frisa ainda que os servidores da saúde sempre estarão se dedicando e tendo como principal objetivo a saúde da população: “Valorize o profissional da saúde!”.

Foto: SES MT