O Ministério da Saúde anunciou uma mudança histórica no cadastro dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS): a partir de agora, o Cartão Nacional de Saúde passa a ser vinculado diretamente ao CPF, substituindo o antigo número do CNS. A medida já está em fase de implementação e deve alcançar toda a base de usuários até abril de 2026.
Com a unificação pelo CPF, os usuários terão menos números para decorar e mais facilidade para acessar seus serviços de saúde.
Para vacinar uma criança, por exemplo, basta informar o CPF e o histórico aparecerá na Caderneta Digital da Criança no aplicativo Meu SUS Digital. O cartão não precisará ser impresso: ele estará disponível em formato digital.
Quem ainda não tem CPF continuará sendo atendido normalmente, com um cadastro provisório válido por até um ano. Isso vale especialmente em emergências.
Para os servidores da saúde, a mudança traz mais agilidade e menos burocracia no atendimento. Com o CPF como chave única, será possível:
Reduzir cadastros duplicados ou inconsistentes;
Desde julho, o Ministério já suspendeu 54 milhões de registros sem CPF e a previsão é que cerca de 111 milhões de cadastros sejam inativados até 2026. A meta é que a base do SUS seja equivalente ao número de CPFs ativos na Receita Federal: 228,9 milhões.
O novo modelo também permitirá maior integração de dados com outros ministérios e órgãos, como IBGE e CadÚnico. A interoperabilidade garantirá acesso seguro a informações de vacinação, medicamentos do Programa Farmácia Popular e prontuários eletrônicos.
O SISMA-MT acompanha a implementação da medida e ressalta a importância de que toda inovação digital venha acompanhada de valorização dos trabalhadores da saúde, que são os responsáveis por aplicar na prática essa modernização.
Para o sindicato, a unificação pelo CPF é positiva para os usuários, mas só trará resultados concretos se os servidores tiverem condições adequadas de trabalho e formação contínua para lidar com os novos sistemas.
Importante: