SES quer proibir "copo sujo"; sindicato critica a iniciativa

A secretaria estadual de Saúde (SES) recomendou à Assembleia que elabore um projeto de lei que proíba a comercialização de bebidas à base de álcool e adição de sal, como por exemplo, o cozumel ou “copo sujo”, vendidos em bares e restaurantes. O motivo da proibição é pelo fato de o excesso de sódio causar vários problemas de saúde como pressão alta, doenças nos rins e no coração.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), de Mato Grosso, Luis Fernando Nonato, se a lei vigorar deve funcionar para todos. “Acho difícil fiscalizar todos os estabelecimentos”. Nonato justifica que 75% dos bares e restaurantes de Cuiabá não possuem nem CNPJ. “Isso é um absurdo, não sabemos com que óleo o local faz a comida, por exemplo,”, dispara.

O presidente explica que a prática de “sujar” o copo com sal é uma tradição que vem de São Paulo, mas garante que sua comercialização representa a menor parte das vendas de bebida alcoólica de Cuiabá. “De 2 mil chopps que sai por mês, só 30 são cozumel”, aponta.

A sugestão da SES é com base na lei que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) no intuito de assegurar o direito humano à alimentação adequada, bem como a campanha da Anvisa “Menos sal. Sua Saúde Agradece!”